quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ora aí está algo diferente

In Público:

POUS quer proibição de despedimentos e saída de Portugal da UE

Especificando, "A dirigente do POUS Carmelinda Pereira (...) defendeu que o governo “faça uma lei proibindo todos os despedimentos”". Mais: "defendeu ainda a necessidade de Portugal “romper com a União Europeia, com as suas instituições e os seus tratados” e “lançar a base para a construção da união livre das nações soberanas de toda a Europa”.

Começo a ficar muito preocupado com o estado da política (da democracia!) em Portugal... São estas as alternativas ao principais partidos?

8 comentários:

  1. É disso que eu falo quando digo que os discursos dos partidos pequenos estão gastos e são quase sempre irreais! Mas alguém acredita que Portugal consegue chegar a algum lado sem a União Europeia? Um país pequeno, pobre, sem competitividade e influência no panorama internacional?
    É triste mas parece-me que só podemos optar mesmo por um dos partidos grandes...

    ResponderExcluir
  2. Ou então por um partido radicalmente diferente: PVB - Partido do Voto em Branco. O que aconteceria se mais de metade dos votos válidos fossem em branco?

    ResponderExcluir
  3. @Rui: éramos todos apelidados de racismo!!! :c)

    Mais seriamente, esta é exactamente uma das discussões mais interessantes que tenho com o meu progenitor: abstendo-se em toda e qualquer votação política não percebe que a sua posição é englobada no grupo "dos que não querem levantar a peidola do sofá ou deixar de ir à praia para ir votar". Já tentei explicar ao meu pai que um voto em branco exemplifica exactamente a sua posição, a falta de confiança nos intervenientes políticos, mas, se alguém que eu considero minimamente inteligente e interessado na cena política nacional não consegue compreender, o que pensarão aqueles que não o são? E nós sabemos como há muitos...

    Voltamos ao post do Jorge: votar em A, votar em B, votar em branco... mas votar!

    ResponderExcluir
  4. Exacto! Existem inúmeros recenseados que não vão votar porque pensam que não existe diferença entre voto em branco e não-votar! Existe e é crucial entender essa diferença!

    Ninguém sabe o que aconteceria caso mais de metade dos votos válidos fossem brancos?

    ResponderExcluir
  5. O peso dos votos em branco depende das eleições. Em referendos baixam a percentagem relativa da opinião sim ou não em relação aos votos correctamente expressos (onde os brancos contam mas os nulos não), logo podem tornar o referendo não vinculativo. Nas eleições para o presidente os brancos e nulos são igualmente ignorados e não contam para apurar os 50% de votos expressos que são necessários para eleger o presidente. Nas legislativas e municipais, onde se usa o Método de Hondt, os brancos e nulos também não contam, porque apenas interessa as percentagens relativas entre as escolhas objectivas dos eleitores.

    ResponderExcluir
  6. Hum... Isso é interessante. Mas será justo? Porque um voto em branco é uma tomada de posição, é um "parecer" de um cidadão. Mas a verdade é que se o voto em branco tivesse de facto peso numa eleição, poderíamos estar a abrir as portas à anarquia - se é que ela já não entrou pela janela...

    ResponderExcluir
  7. Porque voltamos a falar do direito e do dever de votar, fica aqui uma sugestão de leitura.

    http://www.idea.int/vt/compulsory_voting.cfm

    Não creio que o voto obrigatório seja solução para os problemas de abstenção dos dias que correm. Contudo, tal não me choca: vejam-se casos como Áustria (em certas regiões) e Austrália...

    ResponderExcluir
  8. Uma eleição é uma processo para tomar uma decisão. É uma operação logistica complexa e dispendiosa, logo não deverá nunca ser passível de boicote, nem sequer por parte dos eleitores. Portanto, por muito que os votos em branco sejam legítimos, os mesmos nunca poderão condicionar o apuramento de uma decisão. Por outras palavras, dos votos em branco, ou nulos, poder-se-á tirar conclusões políticas, mas terá que haver sempre um resultado objectivo, sob pena de o sistema eleitoral poder levar a impasses.

    ResponderExcluir

Atire a sua pedra, vá!