(...) os membros do Conselho Regulador concluem que é seu dever “instar a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e isenção jornalísticas, aqui se incluindo, nomeadamente, o dever de demarcar ‘claramente os factos da opinião’ (artigo 14.º, n.º 1, alínea a) do Estatuto do Jornalista)”.
Já temos algum fumo branco, finalmente! Penso que, depois do que escrevi aqui, aqui e aqui, não preciso dizer que penso que este "aviso" da ERC apenas peca por ser brando e tardio.
Já temos algum fumo branco, finalmente! Penso que, depois do que escrevi aqui, aqui e aqui, não preciso dizer que penso que este "aviso" da ERC apenas peca por ser brando e tardio.
Isto abre um precedente perigoso. A linha entre "garantir qualidade" no jornalismo e censura é muito tênue.
ResponderExcluirTotalmente de acordo. Mas há casos extremos. E, acima desses, há casos como o Jornal Nacional.
ResponderExcluir... o que é para si a Fernanda Cancio? "Jornaleira"? O que é para si o "Prós e prós"? Portugal precisa que lhe sacuda os alicerces! Acha que com falinhas mansas o país sai da charfudice com tanta pouca vergonha! Particularmente nunca gostei a MMG estretanto é somente naquele jornal que sae sabe alguma coisa de verdadee. Até agora tudo que foi dito...NADA esta desmentido! A SIC é uma vergonha de situacionismo e o Balsemão vendeu a isenção por 30 dinheiros!
ResponderExcluirCaro anónimo,
ResponderExcluirConcordo consigo que a TVI não é excepção. Concordo consigo que a ERC tem de analisar outros casos, mas para tal são precisas queixas formais e, sim, mais vontade para que isso aconteça por parte da própria ERC.
Mas isso não retira validade à atitude da ERC perante a TVI. É gritante a falta de ética jornalistica. A senhora Manuela Moura Guedes esquece-se que o seu papel é de transmissão isenta de informação, e não colorir factos para lhes dar interpretações interessantes (para as audiencias). O seu papel não é o do comentador. A sua função não é julgar.
Nada está desmentido? Aparentemente, Sócrates foi envolvido no caso pelo primo, sem autorização do PM. Aparentemente, as pressões não foram iniciativa do PM e, mais uma vez, o seu nome foi usado sem aparente autorização.
Não estou com isto a defender o PM, pois tenho a impressão de que há algo estranho com tudo isto. O que eu pretendo é que entenda que o PM foi alvo de julgamento em praça pública, sem que todos os factos fossem analisados, em particular pela TVI.
Note-se o destaque que a TVI deu às declarações do primo "ninja" do PM: nenhum! Isto é ser isento? Isto é ser transmissor de informação e não manipulador? Não sei, tire as suas conclusões.
Para além da não-informação, isto traz um outro problema: o PM pode agora esconder-se atrás da dita cabala contra ele. Já pensou nisso? Já pensou que se a TVI fosse ao fundo da questão antes de começar a julgar o PM, talvez Sócrates não tivesse saída? Até nisso o serviço prestado pela TVI é mau!
E é isso que é preciso evitar! Informação sensacionalista pode ser muito grave num estado democrático! Sabe o que aconteceu na Alemanha antes de Hitler subir ao poder? Crise severa, Hitler visto como salvador por alguns jornalistas iluminados, que tratam de o apoiar na divulgação (e omissão) de informação e derrubar os seus oponentes.
Agora que sabe o final desta história, será que já vê de outra forma o jornalismo sensacionalista, o jornalismo inflamado, o jornalismo julgador, o jornalismo não-isento?
É fundamental num sistema democrático haver profissionalismo e isenção no jornalismo! Pois o seu poder de influência é muito forte.
Há quem apele à liberdade de expressão ter sido atacada. Pelo contrário! Em democracia, a TVI tem o direito de noticiar o que quiser, quando quiser. Mas tem o dever de o fazer de forma isenta, evitando linchamentos em praça pública! Este tipo de jornalismo é um atentado a essa mesma liberdade de expressão! Veja-se o exemplo acima!
Já várias vezes o disse: um dos maiores cancros da sociedade portuguesa é não entender que em democracia existem direitos e deveres, que devem estar em pé de igualdade. Caso contrário, vivemos numa anarquia...
Mas devo acrescentar que concordo com o Tiago: a barreira entre "controlo de qualidade" e censura é muito ténue. Mas como disse acima, existem casos que são por demais merecedores de controlo.
ResponderExcluirRui e Tiago, a barreira entre controlo de qualidade e censura não é ténue. Alguns é que querem fazer essa passar essa ideia porque do que gostam é da anarquia a la PREC.
ResponderExcluirCensura é fundamentalmente uma gestão de conteúdos. Quando se censura cortam-se ou adulteram-se conteúdos incómodos.
Controlo de qualidade é algo mais abrangente, que pode ir dos conteúdos aos processos. Por exemplo, um código deontológico é algo que visa garantir a qualidade do serviço prestado por um profissional. É algo ralacionado com controlode qualidade e muito pouco com censura.
Neste caso a ERC manifestou-se quanto à forma como a MMG e a TVI se comportam e como apresentam os conteúdos, e não quanto aos conteúdos propriamente ditos. Isto não é censura, longe disso, é controlo de qualidade.
Pessoalmente, passo bem sem o raspanete da ERC porque vivo lindamente sem a TVI. Aliás, esse deveria ser o "controlo de qualidade" popular, a rejeição do que é mau. Por mero acaso tive o prazer de apeciar a "luta de galos" em causa, o que não deixou de me dar algum prazer, porque a MMG causa-me nauseas (e a parelha com o VPV, essa então, faz lembrar os velhinhos dos Marretas). Mas foi mesmo por acaso, porque estava em casa alheia e não faço censura a terceiros.