sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Gostei tanto da última pedrada que cá vai mais uma...

... afinal sou um típico português... que gosta de atirar pedras! E se for para o telhado do vizinho, tanto melhor!

Inspirado pelo despedimento da MMG e na tentativa de me convidarem para a apresentação do Jornal Nacional de Domingo (Sim, porque à 6a estou ocupado!), decidi encetar uma investigação! Fui abrindo as listas dos dois maiores partidos aos diversos distritos e tentei saber em quem os portugueses vão votar no próximo dia 27 (ainda ninguém se tinha lembrado desta, pois não?).

Começo pelo PSD:
Aveiro: Fernando Couto dos Santos - bem procurei no seu currículo uma possível ligação a Aveiro, mas nada... Da Veneza portuguesa apenas deve conhecer o hotel Meliá.
Beja: João Paulo Ramôa - Alentejano de gema... tudo o que fez teve como epicentro Beja. Muito bem!
Braga: João de Deus Pinheiro - andou muito tempo pela Europa... que deve ter confundido Braga com Praga ou assim...
Bragança: José Ferreira Gomes - ele bem que andou lá perto... Nasceu em Penafiel, estudou e trabalhou no Porto, tirou o Mestrado na Catalunha, mas Trás-os-Montes???
Castelo Branco: Carlos Costa Neves - um açoriano, ex-presidente do CA da SATA, Secretário
de um montão de coisas nos Governos dos Açores, até chegou a Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas... só se foi aqui que conheceu Castelo Branco!
Coimbra: Paulo Mota Pinto - filho da terra! Muito bem! Já dos seus companheiros de lista... bem, adiante!
Évora: Luís Capoulas - filho da terra! Foi Governador Civil do distrito e vereador da Câmara de Évora. Muito bem!
Faro: Jorge Bacelar Gouveia - no seu CV só se vê Lisboa, o que não quer dizer que não conheça o Algarve, pelo menos em férias. Mas até concordo com esta designação, com a sua vasta experiência no Instituto de Estudos Superiores de Ciências Militares e no Sistema de Informações da República Portuguesa, ainda vai encontrar a Maddie!!
Guarda: António Carlos Peixoto - filho da terra e Gouveia é capaz de chorar a sua partida!
Leiria: Teresa Morais - Loures e Lisboa, começam por L, mas não têm nada a ver com Leiria!
Lisboa: Manuela Ferreira Leite - nada a dizer...
Portalegre: Cristovão Crespo - filho da terra que chegou a Governador Civil do distrito. Muito bem!
Porto: José Pedro Aguiar-Branco - filho da terra e exerceu alguns cargos importantes no distrito e no país. Fica a dúvida se terão sido bem desempenhados.
Santarém: José Pacheco Pereira - que escândalo foi a retirada de Pedro Passos Coelho de cabeça de lista por este distrito proposto pelo PSD-Santarém, mas eu diria que foi ainda maior a imposição de Pacheco Pereira para o seu lugar! De Santarém, este homem deve conhecer a estação de serviço na auto-estrada!
Setúbal: Fernando Negrão - este senhor devia ter mudado de nome para Fernando "Dá o corpo ao manifesto!". Talvez pelo seu passado na PJ, esteja habituado a levar com as balas em candidaturas que mais ninguém quer! Bala por bala, candidata-se no distrito correcto!
Viana do Castelo: José Eduardo Martins - mais um lisboeta... vai usar Viana para ver se não sai de Lisboa.
Vila Real: António Montalvão Machado - no seu CV, surgem as cidades do Porto, Coimbra e Lisboa... e Vila Real?!
Viseu: José Luís Arnaut - Covilhã não pertence a Viseu, Lisboa também não! Estrasburgo tem muito a ver, mas quem sabe até tenha conhecido a realidade deste distrito enquanto Ministro do Ambiente?!
Açores: Mota Amaral - uma candidatura mais do que evidente!
Madeira: Alberto João Jardim - a candidatura fictícia! Até tenho pena... gostaria de ver este homem sentado numa cadeira da oposição uma vez na vida (oposição dentro do próprio partido não vale!)! Haviam de ser lindos aqueles debates do Estado da Nação!
Europa: Carlos Gonçalves - parece-me uma boa candidatura, tem trabalhado com no MNE e com as Comunidades Portuguesas.
Fora da Europa: José Cesário - um CV estranho para chegar a Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e Secretário de Estado da Administração Local, mas pelo menos tem obrigação de conhecer os terrenos que pisa!

2 comentários:

  1. Ora aí está um exercício muito interessante, grande Beto! Fico à espera da análise às listas do PS, mas cheira-me que veremos mais do mesmo.

    Esta história dos círculos eleitorais é cada vez mais inútil. Curioso que logo no nosso primeiro post falávamos de acabar com estes círculos e como o Fausto falou do mesmo problema, dizendo o maior ataque à representação democrática são os círculos eleitorais, uma vez que existe uma grande quantidade de votos que são desperdiçados em todas as eleições e apresentado uma alternativa, a qual me agrada.

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  2. Há uns anos atrás, a política e a própria composição do governo e de municípios começou a incluir vários independentes, mas infelizmente essa tendência inverteu-se.
    Hoje em dia, nem os próprios membros dos partidos se revêm no próprio partido, quanto mais os independentes.
    Penso que essa tendência era muito reveladora de um momento em que a sociedade civil queria ser mais participativa na política e acreditava em servir o bem comum.

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Atire a sua pedra, vá!