quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Abaixo os feriados!

Sou contra os feriados. Completamente. Dão cabo de qualquer planeamento decente de aulas. Então quando nos calha na rifa ter aulas nos dias 1 e 8 de Dezembro...

Alguns, porventura, veriam nisto uma benesse (menos aulas para dar). Eu vejo um problema, não são muitas aulas (14) e menos duas faz diferença. A menos que eu não me importasse de não cumprir o programa, mas importo-me!

Se não me engano, feriados nacionais são 13:

1 - 1/Jan
2 - Carnaval (não sei se é ...)
3 - Sexta-Feira Santa
4 - Corpo de Deus
5- 25/Abril
6 - 1/Maio
7 - 10/Jun
8 - 15/Ago
9 - 5/Out
10 - 1/Nov
11 - 1/Dez
12 - 8/Dez
13 - 25/Dez

A maior parte deles não serve para nenhuma comemoração específica, apenas serve para tirar férias, fazer pontes, ter tolerâncias de ponto (o conceito mas idiota da nossa cultura de bandalheira). Se assim é, então transformem-nos em dias de férias móveis, em vez de feriados inúteis. Eu ficaria apenas com os 5 seguintes, os quais não colidiriam com as aulas (talvez apenas o 10/Jun):

1 - 1/Jan
2 - Carnaval
3 - Sexta-Feira Santa
4 - 10/Jun
5 - 25/Dez

Todos os demais passariam para o Domingo seguinte, alguns desapareceriam completamente, tal a sua falta de sentido (alguém comemora o 1/Dez?).

Os demais 8 passariam a dias de férias extra, a gozar em qualquer altura do ano.

Isto merecia um referendo!

5 comentários:

  1. Eu estou contigo, André!

    Curiosamente, estava há minutos a constatar com a minha esposa que em Portugal trabalha-se 10 meses e meio por ano e recebem-se 14 meses.

    Isto é um tema que dá para uma longa discussão... ;-)

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  2. Bom dia!

    Certamente deve ser a primeira vez que comento neste blog. Normalmente, leio alguns assuntos discutidos aqui. Mas este suscitou-me um interesse em particular.

    Concordo que muitos feriados não têm razão de ser. Mas ao ler sinto uma revolta por não se conseguir trabalhar devido aos feriados.

    Eu vou entrar no segundo ano de trabalho na mesma empresa, o primeiro ano de estágio não tive direito a férias, os feriados deram-me muito jeito para tratar de assuntos importantes e descanso, este ano apenas vou ter uma semana de férias, ainda não gozada, e os feriados passados deram muito jeito pelas mesmas razões.

    Compreendo para quem tem o mês de Agosto de férias, o Natal, a Pascoa, mais 14 dias são a gota de água e motivo de revolta. Pois para mim são muito bem vindos, a mais não seja para ganhar 1 dia de trabalho a mais num concurso público... ;)

    UM grande abraço a todos, um jantar para discutir estes temas com bom vinho era do melhor.

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  3. Penso seria prático definir o mesmo número de feriados por ano, tal como fazem algumas instituições europeias. No caso que conheço, existem 12 feriados por ano, que são escolhidos para calhar em data comemorativas. Quando há a possibilidade de pontes, escolhem-se os dias feriados que sobram para encher essas pontes. O que sobra é atirado para os dias entre o natal e o ano novo.
    Deste modo, todos os anos trabalha-se o mesmo número de dias, e ninguém se pode queixar que tem azar ou sorte com o calendário.
    O pormenor interessante é que em alguns países, certos feriados só se comemoram cada 5 anos, o que dá mais importância ao evento. Isto é interessante pelo facto de muita gente nem saber o que se está a comemorar, quando se celebra todos os anos.

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  4. Interessante ver que 6 dos 13 feriados provêm de tradições religiosas, 4 provêm de alterações de regimes políticos e 3 são pura bandalheira!

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  5. Eu estou de acordo com o Carlos: uma jantarada para discutir todos estes temas é que era :-)

    Mas Carlos, a ideia do André não é acabar com esses dias livres, mas sim torná-los móveis de acordo com as necessidades de cada um. O que, para mim, faz todo o sentido.

    Fausto, ora aí está: na maior parte dos casos, a maior parte das pessoas nem sabe o porquê do feriado :-)

    Mas o que me faz imensa confusão é fazer estas contas do ponto de vista do empregador. Ora, este paga 14 meses de salário aos seus funcionários, quando estes trabalham dez meses e meio. Aqui faz sentido olhar para o vencimento não como ordenado mensal, mas sim em termos de vencimento total anual (o que acontece em muitos outros países).

    Mas imaginem o que é para um patrão, num mês de Agosto em que metade dos funcionários estão de férias, ter de pagar a todos os funcionários dois meses de salário. É estranho :-)

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