O investimento na formação de doutorados tem vindo a intensificar-se nos últimos anos, fruto de uma política virada para o desenvolvimento científico, de forma a acompanhar os restantes países da Europa.
Contudo, chegamos a um ponto em que o país não consegue absorver a grande quantidade de doutorados que se formam todos os anos e o desemprego científico torna-se uma realidade. Sucedem-se os pós-doutoramentos, geralmente com contratos inferiores ou iguais a 3 anos, sem grandes perspectivas de no final obter um emprego científico. Esta situação piora quando grande parte dos bolseiros nem direito a subsídio de desemprego tem, quando lhes terminam os contratos. No entanto o governo prevê contratar 1000 doutorados entre 2007 e 2009, oferecendo contratos de 5 anos contrastando com os existentes para bolsas de pós-doutoramento. Será uma boa medida? Talvez resolva o problema “pela rama”…
Penso que chegou a hora de as empresas começaram a encarar com “bons olhos” a contratação de doutorados. É frequente esboçaram-se os seguintes contra-argumentos:
1) Excesso de currículo, resultando num investimento dispendioso.
2) Não sabe trabalhar em equipa.
3) Tão profunda especialização que não trás nenhum beneficio para o empregador.
Contudo, chegamos a um ponto em que o país não consegue absorver a grande quantidade de doutorados que se formam todos os anos e o desemprego científico torna-se uma realidade. Sucedem-se os pós-doutoramentos, geralmente com contratos inferiores ou iguais a 3 anos, sem grandes perspectivas de no final obter um emprego científico. Esta situação piora quando grande parte dos bolseiros nem direito a subsídio de desemprego tem, quando lhes terminam os contratos. No entanto o governo prevê contratar 1000 doutorados entre 2007 e 2009, oferecendo contratos de 5 anos contrastando com os existentes para bolsas de pós-doutoramento. Será uma boa medida? Talvez resolva o problema “pela rama”…
Penso que chegou a hora de as empresas começaram a encarar com “bons olhos” a contratação de doutorados. É frequente esboçaram-se os seguintes contra-argumentos:
1) Excesso de currículo, resultando num investimento dispendioso.
2) Não sabe trabalhar em equipa.
3) Tão profunda especialização que não trás nenhum beneficio para o empregador.
São todos, argumentos inválidos. O doutorado é uma pessoa que aprendeu a pensar, a argumentar, a escrever, a formular e resolver problemas. Aprendeu a conviver, sociabilizar e comunicar (e.g. quando sai em conferências ou quando apresenta algum trabalho). Aprendeu a trabalhar em equipa com seus pares e orientador, a respeitar as opiniões e a aceitar as críticas. Aprendeu a ultrapassar momentos de desmotivação, de frustração, de ansiedade e de tensão. Mais importante, são pessoas curiosas e capazes de aprender! Por todos estes motivos, não vejo qual o inconveniente para que as empresas não comecem a contratar os doutorados! Ah..talvez o dinheiro seja um problema…Então a solução é simples: que os contratem como a outro licenciado qualquer e a seu tempo mostrará o que vale.