"Hidden Disasters", um livro de banda desenhada que conta a bela história da heroína Zana, uma comissária europeia que luta intensamente por assegurar fundos para a Borduvia, um estado europeu, para o salvar da calamidade provocada por um terramoto. Em suma: burocratas europeus salvam o mundo.
O estranho é que este livro foi financiado pela Comissão Europeia, que gastou um total de 225.000€ com esta banda desenhada. Ainda mais estranho é o facto de este livro estar a ser enviado (pela mesma Comissão Europeia) para escolas do continente europeu.
Num país que ainda há bem pouco tempo vivia em ditadura, se isto não soa a propaganda (no sentido mais pejorativo da palavra), não sei o que soará.
Alguém sabe o endereço do site da Mocidade Europeia?
P.S. Notícia encontrada aqui.
Alguém sabe o endereço do site da Mocidade Europeia?
P.S. Notícia encontrada aqui.
Depois não sabem porque o euro-cepticismo cresce tanto a direita quanto a esquerda. Bruxelas e seus burocratas estão distanciando-se cada vez da realidade européia.
ResponderExcluirEu dei uma procurada no google e encontrei este site aqui:
http://europa.eu/youth/index.cfm?l_id=PT
Penso que foi um pouco infeliz essa suspeita de propaganda (tal como referes no sentido pejorativo da palavra) ou até mesmo a subtil comparação a organizações (vamos tratar as coisas pelos nomes Nazis) que marcaram pela negativa uma época da nossa História. Enfim... cheira-me a puro Euro-cepticismo.. Penso que se formos investigar melhor o caso iremos chegar à conclusão de que o orçamento para a criação e publicação foi aprovado pela maioria dos países constituintes e que afinal de contas a história em si (desenhada e contada por cartoonistas Belgas!) não é mais do que mero instrumento de educação e informação sobre a Europa, ou seja, propaganda (sim!) mas no bom sentido da palavra. Eu penso que a fomentação deste espírito Humanista e de União é importante para os desígnios de uma Europa diferente mas unida.
ResponderExcluirSe ajudar basta comparar com a propaganda Americana no inicio do século passado que foi a cola que uniu aqueles estados diferentes.
Este Euro-cepticismo já é velho aqui em Inglaterra, ainda por cima vindo de um jornal como o Telegraph não é nada de estranhar. Nos últimos anos tenho visto os ingleses cada vez mais distantes e indiferentes acerca dos assuntos Europeus. A Europa é acima de tudo uma partilha de valores e princípios. Os ingleses, por motivos culturais, históricos ou até geográficos não fazem parte dessa partilha. O Euro-cepticismo aqui em Inglaterra está a aumentar e com a ascensão dos conservadores não prevejo nada de bom para as ligações Europa-Reino Unido:
http://www.publico.pt/Mundo/presidente-da-ue-insultado-por-eurocepticos-britanicos_1424288
http://www.independent.co.uk/news/world/europe/the-jokes-on-eu-a-cartoon-history-of-the-european-union-394698.html
Euro-cepticismo não me parece. Pelo contrário, sou defensor de uma comunidade forte e coesa. Mas sim, não acredito na criação dos Estados Unidos da Europa. A diversidade cultural é demasiado intensa para que possa ser corrompida.
ResponderExcluir"não é mais do que mero instrumento de educação e informação sobre a Europa, ou seja, propaganda (sim!) mas no bom sentido da palavra. Eu penso que a fomentação deste espírito Humanista e de União é importante para os desígnios de uma Europa diferente mas unida."
Educação sobre a Europa, baseada num conto de fadas em que os burocratas são heróis? Desculpa, mas isso parece ir um pouco além da educação. Concordo contigo: é crucial para uma Europa forte que ela seja unida e humanista, e é preciso propagar este sentimento.
Mas essa propaganda no bom sentido da palavra faz-se através de actos, e sobretudo de resultados. Para as crianças, faz-se quanto muito criando uma fábula que retrate a realidade. Não através de uma fábula que retrate a forma como os burocratas querem ser vistos.