sábado, 22 de maio de 2010

Opinião Política

Analisar a situação do País, numa época de crise, é como um médico a receitar medicação e essa medicação passa por uma análise dos sintomas da doença que afecta o Estado, na tentativa de identificação do problema em causa e o seu tratamento. Quando falamos num Estado a sua situação provém de inúmeras razões provenientes ora de uma situação de instabilidade social, economica ou política. Essa resolução passa por um tratamento da irradiação da problemática do sistema, embora o seu ciclo se tenha extinto e é necessário injectar novas resoluções para um caso comum.

Os médicos num Estado são os políticos, ou seja, os representantes legais do povo e são os mesmo que procuram identificar e corrigir as fraquezas do sistema. E se o sistema terminou o seu ciclo há que estimular a procura de novas políticas e implantação de outro regime. E quando existe inúmeras tentativas de exterminação de um vírus que nos consome à 30 anos temos que encontrar as razões das suas receitas não provocarem efeito. O uso da desculpa da crise internacional não é maneira de justificar os erros, pois vivemos em democracia e em 36 anos de liberdade vivemos 30 anos em crises orçamentais, sem excedentes e só demonstra que as políticas dos sucessivos governos não tem alterado os resultados das analíses ao Estado, tornando claro que os meios não justificam os actos.

Olhando de fora, numa visão externa, a salvação das contas públicas, através de criação de medidas como aumento de impostos e os pseudo cortes das despesas, torna claro que, para os médicos, é de extrema importância criar investimentos públicos como o TGV numa época de contenção orçamental, o que não compreendo numa Europa onde a onda é de contenção nos investimentos públicos. Compreendo a visão do Governo de criação de infra-estruturas para um futuro de um País afugado em dívidas, embora haja que ter contenção na altura do investimento. E neste momento cortes nas despesas logo vê-se, mas o principal é atacar com políticas fiscais na tentativa de criar confiança no mercado Português.

Na minha visão ignorante dos problemas actuais, julgo que o pilar dos problemas do país chama-se corrupção e somos catalogados, internacionalmente, como um País com problemas ao combate à corrupção. E apesar dos debates em volta desta questão somente são palavras dirigidas ao vento, porque em real causa não tem havido progressos nessa matéria. Vejamos as pseudas comissões, onde se debate se terá ou não o governo actuado para a compra de um canal televisivo, enquanto questões de cariz de extrema importância são limpos das mentes de quem realmente detém o poder. Senão criamos neste momento mecanismos de combate, em conjunto com as medidas de austeridade, não prevejo credibilidade no mercado e automaticamente a retirada de confiança dos investimentos externos.

Somente após uma "revolução" do sistema, isto é, a revisão total do sistema jurídico e também administrativo, podemos ver com clareza onde temos que actuar de imediato. E a realidade cruel é que temos que olhar para o País como principal objectivo e não preocuparmos em mostrar a Europa que somos o primeiro a criar riqueza. Vejamos que é um insulto haver taxação sobre bens de primeira necessidade, quando existe um salário mínimo aquém da média europeia e questiono onde irão buscar os mais carenciados dinheiro para pagar os aumentos dos impostos.

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