quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A matemática da redução de ordenados (II)

A pergunta do Zé à minha mensagem original fez-me ver que eu não tinha avaliado o que acontecia depois dos 4200 Euros.

Pois bem, considerando a existência de 3 escalões, [1550-2000], [2050, 4200] e [4200, +inf], temos o seguinte gráfico das taxas de cada escalão:Para os montantes no intervalo [1550, 2000], o escalão é decrescente desde 100% até 14%.
Para os montantes no intervalo [2050, 4200], o escalão é constante e de 16%.
Para os montantes superiores a 4200, o escalão é uma vez mais decrescente desde 12% até 10%, para onde tende assimptoticamente.

Considerando que os escalões do IRS são normalmente crescentes, não deixa de ser curiosa esta evolução inversa dos escalões. O que se vê, claramente, é que o esforço percentual (segundo a lógica do IRS) pedido a quem ganha mais de 1500 Euros é menor à medida que o ordenado aumenta. E isto não é nada evidente na proposta do Ministério das Finanças, antes pelo contrário.

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