Pela notícia que saiu hoje, existem muito poucas praias em Portugal reservadas para nudistas e falta legislação para regular o tema.
No entanto, o que seria muito mais interessante era a criação de praias para maiores de 18 anos. O objectivo da praia não seria o nudismo, mas sim o sossego. A nossas praias são invadidas por famílias inteiras com mantimentos suficientes para um regimento, jovens casais que são parvos o suficiente para trazerem bebés para a praia, crianças irritantes que só gritam e perturbam os outros enquanto os pais gritam continuamente para que estas não façam asneiras, perturbando ainda mais os demais que já estavam fartos de aturar a criancinha e ainda têm de ouvir os pais gritar por ela.
É claro que as pessoas maiores de 18 anos também fazem barulho e perturbam os outros... mas esses são a excepção nas praias portuguesas, enquanto as famílias e as respectivas crianças são a regra a nível de geração de ruído.
E os jovens casais com recém-nascidos, não deveriam ficar nostálgicos de não poder ir para essas praias, porque nem deviam ir para a praia! Uma boa regra é, se a criança tem de ir de carrinho então não devia ir para a praia. Os corpos dos bebés não têm a capacidade de controlar a temperatura como os adultos. Imaginem que vão para a praia totalmente vestidos de negro. Isso é o que sente a criança. A sombra não vai ajudar muito.
sábado, 21 de agosto de 2010
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Winston Smith: [In Winston's diary] Freedom is the freedom to say two plus two equals four. If that is granted all else will follow.
ResponderExcluirCuidado com o criar de leis que só afectam os outros e que mexem com a sua liberdade individual. Pode soar a totalitarismo.
ResponderExcluirFausto,
ResponderExcluirNão vou nem ao ponto desta medida ser inconstitucional já que viola o direito de ir e vir das pessoas. Vou apenas focar-me em dois aspectos. Primeiro: nem todas as familias são caóticas. Eu até diria que estas são minoria. Segundo, há bastante gente com os seus 20 e poucos anos que perturbam muito mais o sossego alheio nas praias.
Na verdade, acho que isto é uma "non-issue". Existem praias pra todos os tipos de pessoas. Há as praias preferidas pelas familias, há as praias preferidas pelos surfistas, há as praias mais remotas preferidas por quem quer sossego. Escolhas não faltam.
Só digo uma coisa, poses-te um sorriso na minha cara. Deste-me o único momento do dia até agora para rir.
ResponderExcluirNao conhecia a veia para a comédia deste blog. Os meus parabéns.
Acho curioso como é que a liberdade às vezes só funciona num sentido.
ResponderExcluirNeste verão tive a infeliz oportunidade de assistir a 3 famílias alargadas demonstrarem os mesmos comportamentos. Chegam "tarde" à praia e a areia mais próxima dos acessos já estava bem preenchida. No entanto, isso não os motiva a andarem mais uns metros pela areia. Em vez disso, escolhem um buraco entre os guarda-sois e instalam-se com toda a parafernália de praia, eliminando qualquer espaço que tinha sido preservado para garantir algum espaço pessoal.
Será que uma pessoa só tem direito ao espaço que ocupa a sua toalha na areia?
Acho que deixar um espaço suficiente entre grupos/famílias para que um observador exterior consiga segmentar os vários grupos não seria pedir muito.
Porque é que o direito de perturbar uns é maior que a liberdade o sossego dos outros.
Sr. Fausto,
ResponderExcluirPelo que vi não percebe o conceito de praia em tempo de férias, sinónimo de vida, alegria, movimento e animação. Praia, espaço de lazer, de convívio, para ser gozado pelas crianças, pelas famílias, para conviverem uns com os outros!
Comentários destes só me assustam e me fazem ver que de facto, cada vez mais, vivemos num mundo de snobs, onde cada as pessoas têm cada vez mais a mania de que são finas... Tenha dó, Sr. Fausto.
Goze a vida, aprenda a divertir-se!
Fausto, até podíamos discutir a questão do equilíbrio entre deveres e direitos, mas tudo se resume a algo bem mais simples: praias há muitas, escolhe outra.
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