sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Via Verde

Em Junho último, com o anúncio da colocação de portagens em redor de Aveiro em Julho, tratei de subscrever um identificador Via Verde. Não recebi qualquer resposta nem identificador.

Em Novembro, após a introdução das referidas portagens, fiz o mesmo. Recebi uma carta da Via Verde indicando que deveria pagar 25 Euros pelo identificador e que receberia o identificador 10 dias após pagamento. Referia apenas 10 dias, e não 10 dias úteis. Fiz o pagamento no dia 24/Nov e até hoje (16/Dez) ainda não recebi o identificador.

Hoje, 16/Dez, telefonei para a Via Verde e quem me atendeu, após recolher o número de adesão, demorou um bocado a saber o que se passava e depois disse-me que o identificador tinha sido emitido hoje mesmo. Fantástica coincidência, ou premonição minha? Não creio em nenhuma destas hipóteses. Creio que o que aconteceu é que ele foi emitido hoje (o que quer que isso signifique) apenas porque telefonei, 22 dias depois de o pagar. E nada mais, para além de lamentarem o atraso.

Já não chegava o custo excessivo que são as taxas de alguns troços das ex-SCUT, da vigarice que são as taxas que se pagam no correios quando não se dispõe do identificador, do facto de não se poder usufruir das descriminações positivas sem o identificador e a Via Verde ainda tem esta desfaçatez. Até quando continuará este comportamento abusivo e de desprezo pelos clientes?

5 comentários:

  1. Então prepara-te que o inferno ainda não acabou. Para a descriminação positiva vais ter de mostrar à via verde o documentos do teus veiculo, presencialmente... Prepara-te para as filas intermináveis... Esta história das portagens nas SCUTS e o prolongamento da mesma, só demonstra a ineficiência do país... Lamentável.

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  2. A saga continua (1):

    Dia 17 envio um mail ao IMTT a protestar pela atitude da Via Verde. Resposta do IMTT no mesmo dia:

    "Trata-se de assunto que não se insere no âmbito de competências deste Instituto.
    Isto não é feito pelos particulares directamente junto do IMTT. São as ECP (Entidades de Cobrança de Portagens) quem faz. O interessado deve dirigir-se a uma delas para resolver o assunto (Via Verde ou CTT)."

    Obviamente, quem respondeu não percebeu a questão, porque eu não tenho problemas de cobrança, tenho é um identificador que não me é entregue.

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  3. A saga continua (2):

    No mesmo dia 17 envio novo mail ao IMTT a esclarecer a minha posição e salientando que na sua página refere, como missão,

    "No quadro das suas atribuições, e visando satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, o IMTT tem por missão regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento do sector dos transportes terrestres.

    O IMTT é também responsável pela supervisão e regulamentação das actividades deste sector, competindo-lhe a promoção da segurança, da qualidade e dos direitos dos utilizadores dos serviços de transportes terrestres."

    A resposta, desta vez já mais tarde, no dia 20, dizia secamente:

    "Sugere-se que a questão seja colocada ao INIR - Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias."

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  4. A saga continua (3):

    No mesmo dia 20 recebi a resposta do INIR, que rezava assim:

    "Na sequência da correspondência de V. Exa. que mereceu a nossa melhor atenção , sobre o assunto mencionado em epígrafe, cumpre-nos informar que a Via Verde Portugal - Gestão de Sistemas Electrónicos de Cobrança , SA. desenvolve a sua actividade no âmbito da gestão do pagamento electrónico de serviços, embora participada pela Brisa e pela SIBS, não é uma empresa concessionária nem desenvolve actividades concessionárias sujeitas à fiscalização ou regulação do InIR. A sua reclamação deverá , pois, ser dirigida às entidades responsáveis pela fiscalização das actividades económicas e pela defesa do consumidor."

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  5. A saga continua (4):

    Googlando por "fiscalização das actividades económicas e pela defesa do consumidor" chagamos rapidamente a ASAE. Portanto, nesse mesmo dia 20 reenviei o meu mail para a ASAE.

    A resposta chegou-me dia 21 e, como já nada me surpreende, dizia assim:

    "Em resposta à mensagem de V.Exa. do passado dia 20 de Dezembro de 2010, informamos que a matéria nela contida não se insere nas competências da ASAE.

    Mais informamos que nesta data, a mensagem foi reenviada para InIR - Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, I.P.,
    por ser a entidade competente para intervir na situação descrita."

    E pronto, o sistema entrou em círculo, IMTT->InIR->ASAE->InIR. Resta-me aguardar pela segunda resposta do InIR, provavelmente a empurrar-me para uma quarta entidade que ainda ninguém se lembrou.

    Entretanto, continuo sem o identificador da Via Verde, que já paguei há quase um mês. Talvez o Pai Natal seja amigo ...

    Como diria o saudoso Carlos Pinto Coelho, "e assim acontece".

    Boas Festas e façam o favor de ser felizes, como dizia o Solnado.

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