quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Portuguesa no meio de tantos ingleses

Dia: 10 de novembro de 2010
Localização: Londres
Demo-lition 2010

Demo-lition 2010. A palavra de ordem: No ifs, no buts, no education cuts. Parece irreal acontecer tal facto em Londres e fazer parte de um marco como esta manifestação levanta o ego. Sou estudante de política em Londres e não serei, em príncipio, afectada pelo aumento das propinas, no entanto é meu dever protestar contra decisões irreais e completamente provocadoras. Parece uma arma de destruição o que passou com a rebelião na zona de Milibank, no epicentro de toda a confusão. Não estive no epicentro, álias quando deixei o movimento eram 14h e tinha começado os discursos. No entanto chegada ao café em Camden Town deparo-me com imagens que não comprovem o que de facto se passou. No momento em que vivemos de instabilidade económica

Ora o que me supreende não é a rebelião porque até a esperava, mas alunos de oxford e staff de faculdades, entre muitos professores (como o meu director de curso) a fazer uma manifestação. E isto devia ser uma lição aos alunos portugueses para lutar pelos direitos que devem deter e não se deixarem levar pelos discuros de muitos políticos na tentativa de acalmar as vozes. E que apesar de serem de faculdades diferentes, umas mais prestigiadas que outras, os interesses são os mesmos e todos somos iguais. A luta deste dia deveria ser marcada pela atitude pacifica tomada pelos alunos, só que quando a esmola é demais o santo desconfia e alguma coisa estaria por acontecer. Talvez seja por isso que me vim embora depois de ter avistado alguns grupos anarquistas e radicais socialistas. Se estes começaram a questão da revolta não o saberei, só sei que quando chegamos a Westminster estavam menos de 15 policias e uns 5 helicopteros a controlar cada passo dado. Ou seja, a polícia, demasiado confiante de que dali não iria florescer um conflito, enganou-se. A área de Wesminster é rodeada pelos grandes polos políticos ingleses e seria lógico que o número avulto de estudantes poderiam provocar problemas nessas áreas.


Esta é a história real de quem viveu na pele as ondas de reacção do movimento e até mensagem de amigos a dizer: "não te metas em sarilhos", mas no final sinto-me orgulha de ser uma portuguesa no meio de tantos ingleses.

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