Acabei o meu último post com esta frase! E aqui quero apresentar aquilo que vejo como uma solução para a desordem que vai na Classe dos Professores.
Em primeiro lugar sinto a necessidade de ser criado (com ou sem Ordem) um Código Deontológico para os Professores. Um código que ao ser cumprido à risca me defenda de possíveis problemas com o Ministério da Educação, com a Escola onde lecciono, com os colegas de trabalho, com os pais, encarregados de educação, alunos ou funcionários! Um código onde estejam descritas as várias punições possíveis para os tipos de erros que eu possa cometer! Um código que me puna de forma rápida caso falhe em algum aspecto constante nesse mesmo Código. Um código que trate todos os professores por igual e não um Regulamento Interno por Escola ou o Bom ou Mau Senso de um Director! Um Código Deontológico que me equipare de forma administrativa a um agente de autoridade enquanto eu estou dentro do recinto escolar! E que caso não saiba gerir de forma correcta essa mesma autoridade, seja também punido como se de um agente se tratasse!
Nós não queremos um Estatuto que nos divida, queremos um Código que nos una!
O segundo ponto a ser criado era um órgão administrativo único para reduzir a burocracia ligada à profissão - a Ordem! Está visto que o Ministério da Educação não quer ter a tutela sobre muitas situações burocráticas que surgem na Escola, mas estas também não podem passar para a tutela das Câmaras pelas mais variadas razões! Aqui falo de um sem número de burocracias: gestão das Escolas, SASE, cantinas, concursos de professores, ... Para não me tornar maçador vou centrar-me apenas neste último: Não podem ser as Câmaras a contratar os professores uma vez que assim estaríamos a tornar todo o sistema susceptível do maior lobbie existente - o partidário! Assim, se o Patrão não quer assumir a contratação do pessoal (o que me parece um absurdo!), então porque não deixar a regulação dessa mesma contratação para os próprios professores, num órgão eleito por eles!
Em lugar das dezenas de Sindicatos e Associações de Professores, porque não reduzir a máquina burocrática a apenas uma Ordem com equipas disciplinares e delegações distritais com as pessoas mais competentes à frente? Assim, temos a certeza de falar a uma só voz nas negociações e na gestão e comunicação de conflitos, o que dará maior força aos professores, não para exercer poder, mas para terem autoridade!
Numa Ordem todos os profissionais têm o mesmo poder! A opinião e o voto de um professor com 3 anos de serviço têm o mesmo poder de um professor de 30 anos de serviço! Isto é que é verdadeiramente democrático e plural!
Numas eleições para a Ordem, discutem-se os vários problemas da Educação e na discussão com certeza surgirão alternativas e soluções para muitos desses problemas!
Uma Ordem de Professores tem um espaço enorme de intervenção e de interligação com pais, professores, as Delegações Regionais de Educação, o Ministério da Educação, as Escolas, os Directores das Escolas para resolver casos individuais (em lugar dos Sindicatos que apenas podem dar apoio jurídico num Processo Disciplinar ou Judicial).
E muito mais havia para dizer sobre uma Ordem de Professores, mas deixo isso para as vossas pedradas!