quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Se eu fosse... empresário!

Se eu fosse empresário... recusar-me-ia a admitir trabalhadores no quadro após cumprirem os 3 anos de casa. Se o próprio governo, que legislou sobre os contratos a prazo, tem trabalhadores com mais de 10 anos a contrato e não os passa ao quadro, então porque teria eu que os admitir ao fim de 3?!!

Se eu fosse empresário... os trabalhadores que eu  despedisse não recebiam compensação nenhuma! Se o próprio governo que legislou sobre as indemnizações por caducidade de contrato, não renova os contratos e recusa-se a pagar os 2 ou 3 dias por cada mês de contrato que estão na lei... porque haveria eu de pagar?!

Se eu fosse empresário... não cumpria nenhuma ordem judicial! Se o próprio governo tem imensas ordens judiciais para cumprir o que está na lei, que ele próprio criou e continua a obrigar os seus trabalhadores a ir para tribunal para reaverem os seus direitos, então porque havia eu de cumprir aquilo que o tribunais decidissem?!!

Se eu fosse empre...

Mas que raio...porque hei-de sonhar em ser empresário?! Eticamente tinha muitos deveres para cumprir e a concorrência desleal do governo, que legisla como quer e cumpre ou deixa de cumprir a mesma lei que criou conforme lhe apetece. Bem... acho que já não quero sequer sonhar com ser empresário! Vou mudar de profissão!

Se eu fosse... político!


4 comentários:

  1. Em cheio, Betxu. E se fosses político, serias empresário também. Mas a tua empresa teria clientes garantidos. Quando gastasses mais do que o que podias, não terias problemas: poderias obrigar os teus clientes a pagar mais. E se os teus clientes não quisessem os teus produtos, não importa, pois pagavam na mesma. E se ainda assim o bolo não te chegasse, poderias criar novos produtos, mesmo que não tivessem clientes (aplique-se a regra anterior).

    Se fosses político, serias empresário do melhor negócio de todos.

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  2. Está na altura de uma limpeza ética (e não étnica) na política portuguesa!

    Quero novos políticos, políticos eticamente confiáveis e corajosos para colocar no banco dos réus os políticos que só fazem asneiras!

    E como exemplo vejam a nova do político/empresário... "Incrível" Relvas teve a desfaçatez de vir dizer que "Portugal precisa de olhar com tranquilidade e também com profundidade para os problemas e menos para os pormenores (...) tem sido pela importância que damos aos pormenores que Portugal muitas vezes fica aquém das expectativas".
    Na licenciatura deste homem não lhe ensinaram que olhar com profundidade é olhar para os pormenores e se tivéssemos olhado para os pormenores ele de certeza não ocuparia o lugar que ocupa!

    Políticos da caca!

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  3. Meu caro, há muito que o Êstado Português não é 'uma pessoa de bem'. O Estado-Providência não passa~de uma miragem neste rectângulo esquecido da Europa...

    Cumprimentos,

    Mário Martins

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